O roubo de cargas no Brasil representa um grave desafio à segurança e à economia nacional. Além de causar prejuízos milionários, afeta empresas, transportadores e consumidores. Este artigo traz dados recentes, analisa os impactos econômicos e operacionais, e apresenta medidas preventivas. A leitura é direta, com frases curtas, transições claras e foco no tema central: roubo de cargas no Brasil.
O quadro atual do roubo de cargas no Brasil
Dados recentes mostram que o roubo de cargas no Brasil permanece elevado, embora números indiquem leve queda nas ocorrências.
- No primeiro semestre de 2024, o Sudeste concentrou 80,6% dos prejuízos com cargas roubadas. Estados como São Paulo (47,2 %), Rio de Janeiro (18,7 %) e Minas Gerais (14,2 %) se destacaram. Agência Brasil
- No ano inteiro de 2024, o percentual do Sudeste chegou a 83,6%, com São Paulo (45,8 %), Rio (25 %) e Minas (12,1 %) liderando novamente
- No primeiro semestre de 2025, embora o Sudeste ainda lidere, houve queda para 62,4% dos prejuízos, com São Paulo (56,8%) e Rio (21,9%) em destaque. Março de 2025 marcou uma mudança: o Rio concentrou 56,6% dos prejuízos mensais.
Impacto econômico e operacional
Além das perdas diretas com mercadorias, o roubo de cargas no Brasil gera custos indiretos significativos:
- Em 2024, os prejuízos foram estimados em R$ 1,2 bilhão, valor 21% maior que em 2023.
- Os gastos com segurança no setor chegam a cerca de 14 % da receita das empresas transportadoras, com investimento em rastreamento, escolta armada, seguros e mais.
- O impacto se estende ao consumidor final, com aumento de custos logísticos, seguros mais caros e elevação do preço dos produtos.
Quando e onde ocorrem os roubos de cargas
- Os horários críticos incluem a noite e madrugada, responsáveis por até 58,9 % dos prejuízos no 1º semestre de 2024.
- Terças-feira a quinta-feira são os dias mais comuns para roubos, e entre 9h e 12h, ocorre 36% dos casos no Brasil.
- Rodovias problemáticas incluem a BR-116 (com até 12% dos prejuízos), especialmente no trecho SC-SP (14,8%). A BR-101 também aumentou sua participação de 5,6% para 7%, destacando o trecho RJ-RJ com 32,9%.
Redução de casos, mas cautela continua
Boa notícia: houve uma queda de 11% nos roubos de cargas entre 2023 e 2024, segundo a ANTT. Porém, o volume de transportes rodoviários e a atuação de quadrilhas ainda impedem uma solução definitiva.
Causas e fatores estruturais
Alguns fatores explicam a persistência do roubo de cargas no Brasil:
- Presença de quadrilhas organizadas, especialmente no Sudeste, com facilidade de escoamento da carga roubada.
- Logística fragmentada e falta de infraestrutura segura, incluindo paradas vigiadas nas estradas.
A estratégia dos criminosos varia conforme o tipo de carga: cargas fracionadas são visadas durante o dia, enquanto cargas de alto valor são roubadas à noite, muitas vezes em postos de gasolina.
Combatendo o roubo de cargas no Brasil: ações e soluções
- Tecnologia e rastreamento
Adoção de rastreamento em tempo real, bloqueadores eletrônicos, escoltas de segurança e transporte blindado têm ajudado a reduzir perdas.
- Melhoria da infraestrutura
Maior investimento em paradas seguras, iluminação nas rodovias e implantação de câmeras em áreas críticas.
- Ação legal e integração de inteligência
A ANTT e outras agências defendem leis mais severas, maior integração entre órgãos de segurança e identificação de quadrilhas.
- Parcerias público-privadas
Projetos que envolvem setor privado e órgãos públicos podem trazer soluções eficazes como monitoramento compartilhado e operações colaborativas.
- Educação e treinamento
Capacitação preventiva para motoristas e empresas, focada em prevenção de risco e resposta emergencial.
O roubo de cargas no Brasil representa uma ameaça persistente à economia, à logística e à segurança. Apesar de redução nas ocorrências e evolução nas tecnologias de prevenção, ainda há desafios graves. Ações coordenadas, políticas públicas eficazes e investimentos em infraestrutura e tecnologia são essenciais para combater esse crime.